Se você é pai, mãe ou cuidador(a), com certeza já parou pra pensar que a soma parentalidade e trabalho não fecha.
Estou certa?
No Brasil, de forma geral:
- A sociedade clamando por pais mais presentes X empresas com 5 dias de licença paternidade
- A mãe que deve priorizar o aleitamento de seu bebê ao menos nos seus primeiros 6 meses X licença maternidade de 4 meses
- A criança que deve dormir entre 19-20:00 X a empresa que não tem horário flexível e termina o trabalho ás 18:00 (sim, e dirigir no trânsito, cozinhar comida fresca, educar, brincar…tudo antes de dormir)
- A mãe ou pai que deve criar filho como se não trabalhasse e trabalhar como se não tivesse filho e empresas inflexíveis com saídas para consultas médicas, ausências, etc.
No Canadá, de forma geral:
- Licença paternidade de no mínimo 5 semanas
- Licença maternidade de até 12 meses com possibilidade de extensão (sem benefício após 12 meses)
- Horários flexíveis e teletrabalho em muitas áreas para conciliar trânsito e atividades das crianças
- Creches públicas de alta qualidade com horários flexíveis
- Cultura com maior aceitação e suporte quando a criança ou bebê necessita de cuidados extras
É claro que nenhum país é perfeito (muito menos o mundo corporativo feroz) e nada pode ser generalizado. Mas quando um país como o Canadá oferta ao menos tempo remunerado para você se recuperar, para conhecer seu bebê e amá-la (o) sem preocupações no primeiro ano de vida, um tempo de se redefinir, nós começamos a perceber os efeitos positivos não só nas crianças, mas em nós, mães, pais ou cuidadores que também somos profissionais e humanos!
Percebemos que precisamos de tempo, que precisamos ser mais do que um número na empresa. Na minha experiência e de muitos que conheco (a vasta maioria), a trajetória da parentalidade no Canadá foi e continua sendo leve e com muito suporte de vários organismos governamentais, não governamentais e, claro, dos nossos empregadores, que nos permitem a crescer, desenvolver e realizar as múltiplas atividades que precisamos e queremos.
Se você tiver dúvida ou quiser mais informações neste aspecto tão importante na imigração, vamos conversar! Antes de ser consultora/profissional, eu sou mãe e imigrante. Quem sabe não contribuo para a sua decisão?